Mundo POP

Eli Iwasa se reinventa no isolamento e começa 2021 com projetos fora dos palcos

16 de janeiro de 2021

Apesar de ainda cercado de incertezas, o ano de 2021 não precisa se esforçar muito para ser melhor do que o anterior para a música eletrônica. Público, artistas e produtores se acostumaram, após mais de 9 meses de pandemia, a novos hábitos que cercam tanto a forma de produção quanto de consumo dessa indústria. Nesse cenário, diversos artistas souberam se reinventar para continuar no papel de protagonismo da cena, como Eli Iwasa, que finalizou 2020 eleita a 2ª melhor DJ do Brasil no Top 100 DJane Mag, dando saldo positivo a um ano atípico, mas cheio de novos projetos.

A paulista fez de tudo um pouco em 2020 e neste novo ano não deve ser diferente. Se o ano passado começou cheio de expectativas que logo foram substituídas pela incerteza com a chegada da pandemia, agora a artista se mostra mais madura para contornar as limitações que todo artista viveu com as medidas de isolamento social impostas. Quando toda a agenda de eventos caiu, lançou um clipe do Bleeping Sauce, seu projeto paralelo em que canta ao lado do produtor Marco A.S., dirigido pelo cineasta Raul Machado, modelou para campanhas publicitárias de marcas como Samsung e Dzarm, aflorou seu lado comunicadora como apresentadora do programa E.las, da Só Track Boa, em que entrevistou mulheres que se destacam na cena eletrônica e foi pioneira no País ao reformular seu club Caos para reabrir em formato de bar seguindo todos os protocolos sanitários.

“A paralisação do mercado criou um vazio na minha rotina e na de todo mundo que vive do music business, então os outros projetos que aconteceram durante 2020 também foram uma forma de me manter sempre ocupada. Todos nós sentimos o peso da pandemia de formas diferentes, e me engajar em outros planos foi a forma que consegui manter a cabeça no lugar”, conta Eli, que divide o tempo entre a carreira de DJ e empresária com os clubs Caos e 88, localizados em Campinas e que ajudaram a moldar o cenário do interior paulista.

Se o último ano findou com o reconhecimento de público e crítica pelo seu lado artístico, com a nomeação entre as finalistas do prêmio de melhor DJ no WME Awards e a 2ª posição na votação popular do Top 100 da DJane Mag, 2021 começa com o foco em um projeto longe dos decks de DJ ― pelo menos fisicamente. A paulistana apresentará um podcast que mostrará toda a pluralidade da cena musical brasileira. Na primeira temporada, que vai ao ar ainda no primeiro trimestre, ela conversa com nomes como Marta Carvalho (curadora da Natura Musical, além de ter uma agência focada no desenvolvimento da carreira artística de mulheres negras, trans, indígenas e comunidade LGBTQIA+), Rodrag (performer não-binário), Paulo Tessuto, Cashu e Amanda Mussi, todos envolvidos em muitas festas queer. Para as próximas temporadas, Eli busca falar com representantes de núcleos de todo o Brasil para traçar um panorama geral de toda a cena nacional.

A trajetória de duas décadas atuando desde promoter a empresária e artista deu a Eli a bagagem necessária para empreender esse audacioso projeto. “Dentro desse cenário de incertezas, a cena vai focar muito em talentos e eventos nacionais, também por conta da alta do dólar e das restrições das viagens internacionais. É importante que continuemos resilientes, nos reinventando, para nos fortalecermos enquanto cena”, conclui, com a esperança de um novo ano melhor para a indústria musical.

Sobre Eli Iwasa
Quando se fala em música eletrônica nacional, Eli Iwasa é logo mencionada, seja por seu pioneirismo ou pelo feito de se manter ativa nesta cena (cada vez mais furiosa) há mais de 20 anos. Além de tocar em grandes eventos como Rock In Rio e Time Warp, Eli também é sócia dos clubs Caos e 88, localizados em Campinas e que ajudaram a moldar a cena eletrônica do interior paulista, modelo do casting da Ford Models e vocalista no projeto paralelo Bleeping Sauce ao lado do produtor Marco A.S.

Como DJ, em 2019, Eli Iwasa foi a única jurada brasileira no Amsterdam Dance Event (maior conferência de música eletrônica do mundo, em Amsterdam) ao lado de lendas internacionais como Todd Terry, Dave Clarke e Joseph Capriati, em um concurso de produtores e tocou na festa do label Life and Death (um dos mais icônicos do Velho Continente). Graças a esse trabalho de consistência, ela ganhou um episódio na série “Quando elas tocam” do Canal BIS, foi indicada por dois anos consecutivos ao prêmio de melhor DJ do ano pelo Women’s Music Event Awards, maior premiação feminina do país, e foi votada a 2ª melhor DJ no Top 100 DJane em 2020.

Redes sociais: Facebook, Instagram e SoundCloud.

Com Informações: Rodolfo Conceição

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