O próximo dia 4 de fevereiro é lembrado como o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Segundo o Ministério da Saúde, o câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil, ficando atrás, apenas, das doenças cardiorrespiratórias.
Apesar de não ser o mais agressivo, o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, e corresponde a 33% de todos os tumores malignos do País, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer. Segundo o Inca, aproximadamente 185 mil brasileiros devem contrair câncer de pele não melanoma em 2022, o mais comum e menos agressivo, sendo 83,7 mil em homens e 93,1 em mulheres.
Além da exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência, outros fatores de risco para predisposição da doença são: ter pele e olhos claros, ser albino, ter vitiligo, ter histórico da doença na família e fazer tratamento com medicamentos imunossupressores.
Mais comum após os 40 anos, o sinal de alerta principal é o surgimento de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou até mesmo sangram. De acordo com o dermatologista Erasmo Tokarski, feridas que ficam abertas e demoram a cicatrizar também merecem atenção.
“Todos esses sintomas podem ser indicativos do câncer de pele não melanoma, o tipo com maior frequência na população. Ele costuma se manifestar em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, mãos, braços e orelhas”, pontua o médico.
O câncer não melanoma apresenta alto percentual de cura, quando detectado e tratado precocemente. Apesar da baixa mortalidade, quando não é diagnosticado a tempo, a doença pode causar deformações.
O melanoma é o tipo mais grave e mais raro. O tumor pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais de cor negra. Geralmente, as lesões costumam ter formato assimétrico e mudar de tamanho de forma rápida. “Apesar de mais raro, ele é bastante agressivo e pode levar à morte”, sinaliza o especialista.
Prevenção e Diagnóstico
O dermatologista Erasmo Tokarski defende que a prevenção e cuidados com a pele devem ser iniciados ainda na infância, com o auxílio dos pais. Para o profissional, os danos causados com a exposição solar ocorrem de maneira cumulativa e de forma gradativa no decorrer de toda a vida.
Ainda que bastante conhecido pela população, o uso do protetor solar, por vezes, é negligenciado. O profissional ressalta que esse item deve ser aplicado diariamente e de forma constante, porém, após uma avaliação e indicação profissional sobre o produto adequado para cada idade e tipo de pele de cada pessoa. Outros meios de prevenção à exposição solar é o uso de roupas específicas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, entre outras opções.
“A exposição constante aos raios solares causam efeitos danosos a longo prazo. Toda a radiação, digamos que acumulada, se manifesta na fase adulta. Às vezes sob a forma de câncer de pele e outras com o envelhecimento da pele”, afirma.
Sobre o diagnóstico, o médico é enfático em dizer que caso o paciente identifique um sinal suspeito de câncer de pele deve procurar o mais rápido possível ajuda profissional. Somente após o atendimento e a avaliação será possível precisar se trata-se de alguma lesão. Em algumas situações, pode ser solicitado a biópsia para conclusão do resultado. Para Erasmo, o mais importante é conhecer o próprio corpo, se prevenir e estar sempre atento a qualquer lesão na pele.
Com Informações: Destak Comunicação
Nenhum comentário