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Dezembro laranja: dermatologista alerta para o câncer de pele no couro cabeludo

8 de dezembro de 2022

No fim do ano, um dos tipos de câncer mais comuns, o câncer de pele, passa a estar no centro das atenções. A campanha Dezembro Laranja alerta para os riscos desse tipo de doença, principalmente causada pelos danos após a exposição ao sol da forma incorreta. Mas o que pouco se fala é que o couro cabeludo também é uma parte da pele suscetível ao sol e que está propensa a desenvolver a doença, podendo levar a problemas graves como metástases e à morte.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o Brasil deve fechar este ano com 188 mil novos casos de câncer de pele. A estimativa aponta também 177 mil novos casos da forma não-melanoma, a mais agressiva, para o período de 2020 a 2022. O câncer de pele segue como sendo um terço dos tumores malignos diagnosticados. Embora não haja um dado específico para a incidência no couro cabelo, é uma possibilidade que requer atenção e cuidado redobrado.

Como explica o dermatologista Erasmo Tokarski, a incidência de câncer de pele no couro cabeludo é considerável no Brasil, em primeiro caso, por conta das condições climáticas, já que é um País de clima tropical, com muitas pessoas que precisam trabalhar em áreas externas e expostas aos raios solares em grande parte do dia. Outro aspecto é o uso do filtro solar, que deixa de ser aplicado em áreas menores, como orelhas e a nuca. “Importante também quem tem calvície, proteger a área da pele exposta ao sol”, ressalta. A falta de protetor solar específico para o couro cabelo, além de ser uma área de difícil visualização, tornam essa parte muito mais suscetível a problemas com a exposição solar.

O dermatologista explica que existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, que é menos agressivo e praticamente não dá metástase; o carcinoma espinocelular, mais agressivo, muito comum na região dos lábios, ao redor da boca, que pode dar metástase. “Já o terceiro é o melanoma, incidente inclusive na região do couro cabeludo, que começa com uma pinta escura e deve ser diagnosticado nos seis primeiros meses, já que pode se espalhar e levar à morte. Mesmo em meio aos fios, é importante estar atento aos sinais da pele na região dos cabelos, como manchas ou feridas que não cicatrizam”, explica.

Dr. Erasmo Tokarski ressalta que pessoas de pele clara precisam ter atenção redobrada, por terem uma proteção natural da pele menor que a da pele morena e negra. “O sol altera o DNA da célula, podendo desencadear o câncer. Quem tem antecedentes na família, e já existe uma predisposição, também está mais propenso a desenvolver a doença”, explica. Pessoas que já tiveram câncer de pele também estão muito propensas a ter reincidências, inclusive com metástase cerebral.

Para prevenir o câncer no couro cabeludo, a dica é proteger o local o máximo possível com chapéu e bonés nos horários de pico da incidência do sol. Para pessoas completamente calvas, na falta de um protetor solar específico, tentar utilizar o mesmo que o de outras partes do corpo. Bronzeamento artificial também deve ser feito com cuidado e sem exageros. “É importante estar sempre atento e consultar um dermatologista quando perceber algo diferente, especialmente pessoas de pele muito branca”.

Com Informações: Destak Comunicação

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